O vice-presidente da Fundação Allan Kardec, Fernando Palermo Falleiros, participou da Audiência Pública sobre as emendas no orçamento municipal de 2022, na Câmara de Franca, na manhã desta sexta-feira, 3.
Na tribuna da Câmara, Fernando apresentou um panorama da situação fiscal da Fundação, alertou para o aumento dos casos relativos à Saúde Mental e destacou a importância de que os entes públicos atuem junto da instituição para garantir o atendimento à população. “É preciso olhar para a Saúde Mental também.”
Marcelo Reis (S. Casa), ver. Donizete da Farmácia, ver. Lurdinha Granzotte, Fernando Palermo (vice-presidente do Allan Kardec) e ver. Marcelo Tidy
O vice-presidente do Allan Kardec afirmou que a Fundação enfrenta neste ano uma situação “muito complicada”, devido a um aumento de custo muito alto com os insumos, que dispararam de preço por conta da pandemia.
“Hoje temos uma reunião de administração, traçando o cenário para o fechamento deste ano. E não é um cenário bonito. Vamos enfrentar um déficit importante”, afirmou.
Segundo Fernando, a Fundação não recebeu do município nenhum repasse para enfrentar esta situação, além dos convênios contratados pela Prefeitura.
“Essas (emendas) impositivas daqui da Câmara seriam extremamente importantes para a gente. Nós conseguimos algumas verbas parlamentares em Brasília e São Paulo, mas vão ser insuficientes para que mantenhamos as contas equilibradas.”
As impositivas são emendas que os vereadores fazem ao Orçamento Municipal e que o Executivo é obrigado a cumprir.
Fernando defendeu uma ação política conjunta entre Prefeitura, Câmara e instituições para evitar “consequências piores” no futuro. “Nós precisamos da sensibilização de todos, no sentido de olhar para os operadores de Saúde, tanto a Santa Casa como o Allan Kardec, porque foram dias muito difíceis para o fechamento de custos.”
“Quadro assustador”
Na tribuna da Câmara, o vice-presidente do Allan Kardec também demonstrou preocupação com o que classificou como “quadro assustador” que o mundo enfrenta atualmente.
“Agora nós estamos voltando a ter 90% de internação pelo SUS. Ficou muito tempo com uma baixíssima ocupação e, agora, parece que estão pipocando os problemas de Saúde Mental – ansiedade, depressão, autoextermínio... Está um quadro assustador. Consequência desta situação que estamos vivendo de ansiedade, falta de emprego, baixa renda... Isso tudo tem causado um desconforto muito grande na população.”
Fernando alertou para a pandemia silenciosa de suicídios que se alastra pelo planeta.
“A gente sabe que, às vezes, a pessoa chega enfartando na porta da Santa Casa e tem de ser atendida naquele momento. E a Saúde Mental, ela tem uma demanda por cuidados mais espaçada no tempo. Parece que não existe o problema, mas a gente sabe que o desaguar no autoextermínio tem sido uma pandemia muito triste. Isso em todo o planeta, não só em Franca. Então, gostaria de sensibilizar todo mundo para esta ação conjunta. É preciso olhar para a Saúde Mental também.”